31 maio 2010

Dia da criança

Aproxima-se o dia.
Neste blogue, ele vem sempre antes da data que lhe é consagrada.
Podia falar sobre as crianças em geral e do quão maravilhoso elas tornam o mundo.
Podia filosofar acerca das crianças que trabalham, que sofrem, que morrem apenas por terem nascido no país ou família errada.
E haveria tanto para escrever...
Mas vou ficar pelo que vejo diariamente.
Vou ficar pela utopia. Que bom seria não haver mais crianças nos hospitais, neste e nos outros dias. por vezes com a própria vida suspensa...

27 maio 2010

Amor


Vê-lo-ás no passado, em poema de saudade

As mãos entrelaçadas em momentos de intimidade

Num jogo ritmado de amor e de vontade



Vê-lo-ás no presente, na memória do caminho

Que percorreram juntos, sem saber do depois

Na ternura reiventada em noites a dois



Vê-lo-ás sempre, no teu coração

Poema revivido no deserto da solidão

Feito coro de liberdade em doce canção.

24 maio 2010

Sem saber de ti, caminhei no escuro

Perdida, sem luz, na noite apenas breu

Pergunto-me se sabes que te procuro

Mas sinto que voltarás, vento meu



Sem saber de ti, percorri um deserto

Dorida da ausência do calor que é teu

Sabendo-te longe, sinto-te tão perto

E sei que voltarás, vento meu



Sem saber de ti, regressei a nós

Rendida à emoção que o tempo nos deu

Cheguei como um rio desagua na foz

Porque sei que voltarás, vento meu

19 maio 2010

Ante-pausa

Existe uma palavra para te dedicar. Como existe um sorriso em cada conversa. E um sentido em cada dor partilhada. Das que ferem. Das que perseguem. Das que dilaceram.
Existe uma mão para te dar. Como existe um beijo para te mimar. E uma flor em cada gesto. Dos que nos marcam. Dos que nos presenteiam. Dos que nos constroem.
Existem dois braços para te abraçar. Um caminho onde te acompanhar. Um mundo cheio de caos, e fantasmas e medos. Mas eu estarei contigo, nesse caminhar.

16 maio 2010

Sei de um rio que corre para o teu mar

Da ânsia de te ter, assim, devagar

Da nudez em que te demoras

Nas horas que se seguem a outras horas

Porque ainda sei como conjugas o verbo amar



Sei de um rio que corre para o teu mar

Como uma vida que urge completar

Sei duma urgência com que nos abraçamos

Da ternura em que nos reiventamos

Porque ainda sei como vivemos o verbo amar

11 maio 2010

Se eu pudesse embalar-te, esconder-te do mundo

Cada dia seria um tempo secreto

Onde te descobriria, terno vagabundo

Num espaço que inventamos, tão longe e tão perto



Se eu pudesse parar as horas de amor

E sentir-te voar enquanto estremeço

Ficaria para sempre nesse doce torpor

Da magia que é nossa e que nunca esqueço



Se eu pudesse, querido, contigo adormecer

Em cada noite quente de amantes esgotados

Faria da tua pele o meu amanhecer

Buscando abrigo nesses braços suados



Se eu pudesse, amor, viver-te agora

Ficaria para sempre nesse renascer

Em que cada dia é menor que uma hora

E onde, completa, poderia morrer.

07 maio 2010


Sei da sombra das noites passadas

E do lençol que ainda as cobre

Sei do sabor da tua boca ao longo

Do meu corpo, agora tão pobre…

Sei que ainda me moras no peito

Na memória presente do nosso momento

Sei que me corres sempre nas veias

E que voo contigo no vento

Sei da força do teu abraço

Da cumplicidade do grito calado

Sei do nosso sorriso secreto

Da fuga, do silêncio partilhado

06 maio 2010

Deve haver uma razão para me acontecerem as coisas mais bizarras.

Digo eu…

Deve haver um porquê para dar comigo tantas vezes a seguir o teu carro, por mero acaso.

Suponho eu…

Deves deter uma fórmula de boas energias que me passas, de forma natural. Nem sei se te dás conta…

Acho eu…

Deve haver algo que me faça agarrar-me às tuas palavras. Faladas e escritas.

Sinto eu…

Deve existir um motivo para adiar a cama quando o sono pesa.

Descubro eu.

É para ler a surpresa que me reservas, amiga!

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