Guardo, de ontem, o peso da ausência.
O vazio de nós, a dor crua da saudade
Preenche cada momento, cada espaço
E pensamento, numa crescente ansiedade
Hoje, aguardo-te, num fio de esperança
Contido, inesperado, como o nosso amor
Manto mágico de riso e lágrima,
De terna mistura de sonho e sabor
Amanhã é um tempo por desvendar
Um tempo no qual seremos fonte ou foz
Dum rio que corre, ora sereno ora revolto
Como esta corrente nua, que somos nós