30 janeiro 2008

Não sei como se passa convosco, mas quando me empenho apaixonadamente numa coisa, é como se tudo o resto deixasse de existir.
Bem, estou a exagerar, porque acabo por consagrar o tempo necessário às tarefas do dia-a-dia. E à procura de emprego, embora convencida que, cada vez mais, estes sejam para as "cunhas".
O certo é que quando embarco numa ocupação com aquele sentimento de paixão que me faz chegar ao impossível, isolo-me, embrenhando-me em momentos de clausura voluntária. Como se fosse um emprego, consagro os meus dias ao objecto da minha paixão, mas com um objectivo meramente pessoal.
E convosco, também acontecem situações de entrega total, como esta, a uma causa, ainda que infrutífera aos olhos das outras pessoas? Existem paixões, para além das amorosas, que vos mereçam todos os momentinhos e vos confiram um brilhozinho especial ao olhar?

26 janeiro 2008

A sorte que nós temos...







Tinha eu acabado de abrir um email com imagens como as três últimas deste post, quando fui levada a ler um post do Victor Nogueira "anti-prémio da Humanidade", em Em conversa com ... (11) «anti-prémio da Humanidade»
Acreditem ou não, sou daquelas pessoas que todos os dias atenta no que tem de bom na vida. Mas sei que nem todos se lembram de o fazer. Há, mesmo, quem sofra grandes desgostos por coisas que, se analisadas racionalmente, não têm importância alguma.
Achei curioso as duas situações a que acima me refiro terem vindo ao meu encontro quase simultaneamente.
Assim, deixo duas sugestões. A primeira é que se lembrem constantemente da sorte que é ter comida, um tecto, segurança e educação para os filhos. A segunda, que visitem o post acima mencionado. E nada de crises existenciais. O que se impõe é pensar em soluções para dramas como estes.




23 janeiro 2008

Gato quê!?

- Mãe, já acabou o "Diz que é uma espécie de maigaizêbê?
- Acho que já...
- Mas ainda dá o Gato Fodento, não dá?

22 janeiro 2008

Amizade Virtual- para todos vós


Agradeço à Sophiamar, do blog homónimo, e à Carminda, do Fórum Cidadania, o prémio Amizade Virtual.
Tinham-no guardado para mim, nos seus blogues e eu fui lá, muito contente, buscá-lo, mas já alguns dias depois de mo terem oferecido. É que a vida tem sido assustadoramente voraz com o meu tempo e eu dou por mim refém de assuntos pendentes e de entusiasmos inebriantes, em que mergulho por tempo indeterminado.
Mas repito que a amizade é um bem que para uma boa conservação, requer cuidados e atenções. Daí que, mesmo a "voar baixinho", faço questão de ir doseando o "trabalho" com os afectos. E é por isso que deixo aqui este prémio.
Acham que a sua criadora ficará zangada se eu o dirigir aos leitores habituais deste blogue? É que a esta hora já muitos dos bloguistas que estão na minha barra de links o receberam. E os que não receberam merecem-no também, pelo simples facto de dedicarem uns minutos do seu tempo a vir aqui, ler o Escrito a Quente.
Um beijo a cada um dos leitores acompanha o meu "obrigada".

16 janeiro 2008

Os meus últimos dias têm sido preenchidos pelos meus filhos, ambos comigo em casa, devido a uma virose.
Muito reboliço, barulho e mudança de fraldas, de bodies e de calças. Algumas dores choradas. Idas ao hospital e ao médico pediatra. Brincadeira, intercalada com roupa para estender, apanhar, dobrar, arrumar. Pequenos conflitos para intermediar.
Preparar e administrar medicação, confeccionar refeições de dieta, arrumar brinquedos e, mesmo à noite, após eles adormecerem, fazer o aerossol à pequenita.
Depois, há também os assuntos triviais do dia-a-dia, que não perdoam ao quotidiano o avanço do calendário.
Sinto falta deste espaço, da blogosfera. Mas o tempo não estica e, sempre que algum momento parece reservar-me um espaço só meu, mergulho noutra escrita. Viajo no tempo e no espaço.
Senti cada um dos comentários ao anterior post anterior como um voucher para esta viagem.
Levo cada um de vós comigo nesta evasão, pois os sentimentos acompanham-nos sempre, aonde quer que vamos. Quem nos compreende, empreende connosco a melhor de todas as viagens: a da amizade, que é para a vida.

09 janeiro 2008

Uma voltinha pelo passado



Já todos sabem que escrevo a quente. É a quente ou não é.
Mas no que toca a ler, obviamente, pode ler-se tudo aquilo que já foi escrito, quente, morno ou frio, sem se perder o paladar da história.
Assim, sugiro hoje um passeio pelo passado. Pelo passado do Escrito a Quente e pelo passado da nossa história. Neste caso, da história de alguém que já não cheguei a conhecer mas muito próximo, no ramo familiar.
Convido-os a ler um post publicado em Julho, quando os comentários neste blog era ainda mais escassos. Basta clickar no link que se segue.
http://escritoaquente.blogspot.com/2007/07/hoje-43-anos-decorridos-sobre-tua-morte.html

Aventurem-se e, se quiserem, digam o que acharam deste passeio...

08 janeiro 2008

Mais prémios a circular

A Blue Velvet bisou. Se isto fosse desagradável, sentir-me-ia perseguida; como é uma honra, sinto-me babada...
Assim, e como a intenção é repassá-lo a outros cinco blogues que nos agradem a 100%, deixo aqui as minhas nomeações, com a certeza de que outros blogues se enquadrariam também nesta escolha. Mas, como há que escolher, dedico-o a:
1- Reflexões Exteriores, porque o Tiago nos lembra algo que é fulcral: a necessidade de encontrarmos momentos e temas para reflectirmos. Porque, às vezes, o ritmo da vida nem nos permite apercebermo-nos que adiamos o essencial, algo que nos caracteriza: a capacidade de pensar.
2- (blog cuja autoria e solicitou que o retirasse desta lista. Expliquei-lhe a razão da nomeação mas, por respeito ao pedido, subtraí este blog).
3- Fórum Cidadania, pelo conteúdo, com que me identifico, e pelos links.
4- Filhos de Um Deus Menor, pelos temas, ligados à esfera do Direito. Um conteúdo actual, às vezes polémico, tratado de forma entendida, responsável. Um piparote na consciência colectiva.
5- Blue Velvet, porque não me foi dito que passasse ao outro e não ao mesmo. Pela inspiração, pela descoberta constante de bons motivos para apreciar a vida, pela diversidade, pela frontalidade. Brilhante!

06 janeiro 2008

Levantei-me da mesa da sala onde, em frente ao portátil, acabara de ler maravilhas.
Fui, sobressaltada, à cozinha, mexer o tacho onde aquecia a sopa, congelada.
O movimento, demasiado rápido, fez saltar grandes salpicos. Directos para a minha roupa. Camisola baptizada, calças amplamente manchadas. Algo capaz de me deixar "de cabelos em pé" noutro momento qualquer. Neste não.
Este momento, ou melhor, este dia, não seria maculado por nenhum contratempo. Nenhum.
Porque fui transportada para outra esfera, a esfera da amizade sem freio, do enaltecimento, do carinho raro.
Amigos. Não virtuais. Apenas amigos.
Contenho menos as lágrimas que jorram da comoção; as do desgosto, normalmente, não brotam com a mesma facilidade...
Assim, foi com lágrimas, mas das positivas, que os amigos Pena e Sophiamar me encherem o peito de uma emoção que tenho de partilhar.
É assim que tudo deve ser vivido.

04 janeiro 2008

Dá-me tu o título

Estou a sonhar.
Sonho que chegas junto a mim e me envolves nos teus braços fortes. Resgatas-me deste vazio e acolhes-me no teu calor, aconchegando-me nesse teu aroma quente.
Ficamos assim, a saborear momentos de cumplicidade muda.
Voamos, síncronos, para um passado de passeios improvisados à beira-mar. As ondas como pano de fundo de cafés com natas no bar de um hotel próximo. Os melhores cafés com natas da linha.
É o tempo do primeiro cd oferecido num aniversário, canto lírico que nos recordará sempre momentos de sonho. Tempo de bonecos deixados, surpresos, à espreita de nova dona, em cima de um qualquer capot...
E voltamos, juntos ainda, ao presente. Retiras do meu peito este peso sufocante, lanças-me ao Sol e ao mar, a tudo o que faz sentir viva, enquanto me deitas em cima desta cama que nos conhece. Ficamos juntos, em cima e no interior dela, reinventando uma química que teima em não desvanecer. Na modorra e na paixão, somos aliados combatentes.
Gostamos de dançar. Com ou sem música, vestidos ou nus. Passeando as mãos pelos corpos geminados.
Entrelaçamos as pernas, abraçamo-nos silenciosos. Rimos, por fim.
Nos olhares trocados, o peso suave das viagens e o peso duro das brigas, mais ou menos renhidas. O entendimento da construção penosa. Gostos que nos aproximam, diferenças que nos apartam.
Sinto a tua insegurança, tu sentes o meu ser de entrega mútua, de companheirismo a toda a prova. Somos reflexos opostos, tentando encontrar o ponto de equilíbrio. Embatemos uma e outra vez na ansiedade, na dureza, na intolerância. Despojados do passado, de peito aberto, reconfortamo-nos.
Acordamos.

02 janeiro 2008

Que espero eu do novo ano? Nada de muito diferente dos outros anos; nada de muito diferente do que as outras pessoas esperam. Porque um ano é um conjunto de meses num calendário. Porque a esperança está em défice na minha balança de contas.
O que eu gostaria que ele nos reservasse?
Bem, quer em 2008 quer no futuro, eu gostaria muito que pudessem todos viver sem preocupações com a saúde. Que esta não faltasse e que, quando estivesse em perigo, fosse bem tratada.
Que os meus amigos recebessem tanto amor (todas as formas de amor) quanto o que dão.
Que não lhes faltasse o emprego, ou os meios dignos de subsistência. Sei, por experiência própria, o quanto nos afecta o desemprego, o quanto mina a nossa confiança no presente e, sobretudo, no futuro, o quanto corrói o ambiente.
Que não fossem vítimas de injustiças, tiranias ou mal-entendidos.
Que a coragem nunca faltasse nos momentos necessários.
Que as escolhas fossem sempre as mais acertadas.
Que a inspiração nunca os abandonasse, nem na escrita, nem nos passeios ou outros ocupações que os apaixonem, nem na hora de demonstrar afecto.
Que o tempo tivesse para todos uma medida certa: não lhes faltasse tempo de convívio, de proximidade, nem momentos de introspecção, de reflexão, de descontracção. Porque, se é verdade que precisamos de nos sentir parte de uma família, grupo de amigos ou sociedade, não é menos verdade que precisamos de uns bocadinhos só nossos.
Que os planos de vida pudessem feitos de verbos bastante activos, conjugados na segunda pessoa do plural.
Que nunca se sentissem "em baixo", sem paciência ou sem esperança. Que não deixassem de se reconhecer.
Que conservassem sempre a capacidade de reconhecer beleza em todos os aspectos da vida que a têm. São tantos!
Em suma, gostaria que, para todos os meus amigos, as lágrimas pudessem ser só de felicidade, de riso. Porque os amigos são uma parte importantíssima de nós.

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