30 novembro 2009

Sabiam que...?



Recomendo que não deixem de ver. E de reflectir.
Sobre a mudança, a informação, a necessidade constante de
evolução e a
VELOCIDADE a que a mudança se dá.

27 novembro 2009

Novo desafio



Eu já tive...

...quinze anos e a convicção profunda de que a vida é uma sucessão de alegrias

Eu nunca...
... fui a África (se exceptuarmos o Norte deste continente) e nunca fiz surf

Eu sei...
... que nada sei. Mas cada dia aprendo qualquer coisa

Eu quero...
...partilhar. Sensações, projectos, vitórias, sorrisos, ... a VIDA

Eu sonho...
...conhecer África, nomeadamente Angola. E tenho sonhos que são tão meus, tão do foro pessoal, que ficam cá dentro, na "caixa" onde guardamos as emoções

(este desafio foi-me transmitido pela Blue Velvet. Consiste em responder às cinco questões que coloquei em destaque. Quem quiser pegar nele, que responda também. Obrigada, BV)

25 novembro 2009

Dia Internacional contra a violência contra as mulheres

(foto retirada do site da APAV)

Existem situações que são problemas sociais graves mas que não levam cada um de nós a reflectir sobre elas.

Hoje comemora-se o Dia Internacional Contra a Violência contra as Mulheres. A violência, é importante frisar, não é constituída "apenas" pelo estalo, o encontrão, o pontapé, o empurrão, a violência sexual. Esta é a violência do macho (por vezes com capa de ser social perfeito, bom anfitrião, aparentemente atencioso com mulher e filhos), reiterada, com repetidos pedidos de desculpas que vão sempre redundar num regresso à agressão.

Violência é muito mais abrangente que isso. Pode ser insidiosa; instala-se sem que a vítima se aperceba inicialmente. Primeiro perde-se a comunicação, depois a calma, a seguir o respeito, por fim qualquer limite pode ser ultrapassado. Ou não. Mas ficam as sequelas psicológicas. E, consequentemente, sociais, económicas.

Se os números dos registos da Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV) têm registado uma tendência de aumento, o projecto europeu DoVE (Domestic Violence against Women/Men in Europe: Prevalence, determinants, effects and policies/practices) frisa que se estima que um terço das mulheres em Portugal tenha sido já vítima de algum tipo de violência doméstica.

Um terço é demasiado! Imaginem quantas pessoas cada um de nós conhecerá que se enquadra nestas estatísticas! E não sabemos… Será que fazemos por saber?

Para quando a conscencialização global? Para quando a denúncia por parte de quem tem conhecimento, já que boa parte das vítimas não apresenta queixa? Para quando a punição real, e em tempo útil, desta forma de violência cobarde, socialmente escamoteada e destruidora de famílias?
Para quando uma sociedade justa, igualitária e com uma consciência global?
Talvez quando cada um de nós faça algo mais que leitura, quando o tema é um tema como este. Delicado. Porque não dizer: vergonhoso?

21 novembro 2009

Afinal, não foi só susto...



... o Vasco fracturou mesmo o braço
:-(
E, após o sofrimento psicológico e a dor que o fez chorar e dizer que não queria mais gesso, teve um asssomo de preocupação com médico e enfermeiras e ainda foi perguntar-lhes se tinham ficado zangados por ele ter chorado...

18 novembro 2009

Grande susto!



- Bom dia, estou a falar com a mãe do Vasco?
(aperto no peito)
- Está, sim…
- Olhe, daqui fala a Isaura, da escola do Vasco. Eu estou a ligar-lhe porque ele caiu durante o intervalo e diz que está cheio de dores. Parece melhor levá-lo ao hospital para fazer um raio-x…
(minha cabeça à roda)
- … quer vir cá ou quer que chamemos a ambulância e vai ter ao hospital? Acha que pode?
- D. Isaura, nem sei que lhe diga. Agora estou tão preocupada... Ma sim, é capaz de ser melhor.
- Então nós chamamos a ambulância.
- Faça-me esse favor, então, e eu vou ter ao hospital.
- Esteja descansada, eu vou com ele.

Falei com o chefe, arranquei para o hospital. Pulso acelerado, pensamentos ainda mais acelerados. Será que fracturou? O que terá acontecido? Qual será o braço? Será o esquerdo, que é a mão com que escreve? Como estará ele? Assustadíssimo, de certeza… e cheio de dores, coitadinho do meu querido!
Eu, aquela mulher de sangue frio em situações pesadas, até me enganei no caminho. A chuva, densa como nevoeiro, escondia-me o percurso, os vidros embaciavam e eu desliguei a música e liguei o ar condicionado.
Queria contar a alguém o sufoco, desabafar. Mas hesitava. Não iria espalhar preocupações vãs? Liguei só ao pai, alertando-o que talvez fosse só uma medida de precaução.

Cheguei. O Vasco ainda não tinha dado entrada. Fui esperar na rua, frente à urgência. A ambulância chegou logo a seguir. Dela vejo sair o meu menino, com ar triste e frágil.
Passo o braço em seu redor, mimo-o sem grande ênfase enquanto me inteiro do que se passou. Reparo que a zona do cotovelo está muito inchada. O pulso e os dedos também apresentam edema visível. Passada a papelada e a triagem, radiografia. “A senhora pode esperar aí fora”…

Sufoco.
Ele sai. Ninguém diz nada. Terá fracturado?
i-n-f-i-n-i-t-o-s m-o-m-en-t-o-s…
Chamam-no novamente. Precisam de fazer novas incidências. Desta vez posso entrar. Continuo sem informação absolutamente nenhuma. Será que partiu?

Ao regressarmos à urgência pediátrica, a enfermeira, nossa conhecida, informa que não partiu. “Isto hoje vai ser muito gelo e repouso”. Alívio.
Mas vai ser visto pelo ortopedista.
Não é mais que uma tendinite no cotovelo, mas requer tala. Após muito choro aflito, “não quero gesso!”, “quando é que eu tiro isto?”, saímos. Braço suspenso com uma tira de gaze. Pensamentos nas camisolas viáveis para os próximos dias, esperança que a consulta na próxima Sexta seja já para o aliviar daquele peso desconfortável.
A primeira noite foi interrompida mais que uma vez pelas dores. Agora, a rotina lentifica-se, seja no vestir e despir, no banho ou em qualquer outra tarefa. Mas o coração de mãe bate normal quando não está nestes momentos.


(este episódio aconteceu na passada Segunda)

16 novembro 2009

Há dois anos a manhã acordou assim

















e eu fiquei deslumbrada ao abrir as portadas.
Um dia colorido, logo ao amanhecer, é prenúncio de boa disposição.
Agora, Novembro já não tem estes tons, eu já não tenho aquelas portadas
e o céu perdeu a poesia...

14 novembro 2009

Apetecia-me ler-te, neste momento.
Lembro-me que a tua escrita me abria sorrisos.
Hoje, falta-me vida para viver...

09 novembro 2009

O sentido da música

(foto retirada da internet)

Encolhíamo-nos ao aproximarmo-nos daquele quarto.
O menino, André, tinha apenas 24 meses, três dos quais passados no Hospital de D. Estefânia, para onde queimaduras de terceiro grau o haviam conduzido, numa luta diária contra as lesões que um corpo tão pequenino se esforçava por vencer.
Encolhíamo-nos pelo quadro que nos aguardava: aquele bebé era o rosto da infância maculada, os seus olhos mirando-nos pesados de dor, os gritos de quem não quer mais que ver todo esse cenário terminado.
O pai do André esforçava-se por acalmá-lo, com uma voz sussurada de amor. A mãe, exausta, havia saído por momentos do espaço onde o filho passara os últimos meses da sua ainda curta vida.
A minha experiência de voluntariado nos hospitais já me dotou de alguma força para encarar cenas dolorosas com a empatia necessária mas acompanhada da devida neutralidade. Mas esta cena não me sairá nunca da memória. Muito mais que as noitadas a estudar, as viagens realizadas ainda durante os anos do Conservatório de Música, a hospitalidade recebida e retribuída entre colegas de diferentes países.
Era de exaustão o olhar daquele pai. Ombros vergados ao peso da dor pelo sofrimento do filho, incapazes de projectar no futuro um simples passeio pelo campo, uma corrida atrás duma bola, uma tarde de praia furando ondas.
Habituado a ver cada bata branca como símbolo de mais uma sessão terapêutica, o André gritava e chorava quando alguém de branco se aproximava.
Mas naquele momento entrei eu. E o meu violino. O pequenino olhou-me com a expectativa cravada na sua expressão surpreendida e deu-me o benefício da dúvida.
Coloquei a voz naquele tom pacífico de quem quer ser escutado calmamente e transmitir essa mesma calma e perguntei-lhe se podia tocar para ele, mostrar-lhe “como faz o violino”.
As notas emergiram no ar, formando uma melodia. Claire de Lune.
A mãe, recém-entrada no quarto, estacou, comovida com a reacção do André. O miúdo olhava, estupefacto, ora para mim, ora para o violino, investigando a proveniência daqueles acordes que o deixavam alheio a todo o sofrimento, um sorriso a embelezar-lhe ainda mais o rosto redondo.
Quem passava aproveitou para parar. E foi assim, nesta pequena audiência de um filho, seus pais e alguns profissionais de saúde que rejubilei com a minha opção de vida. Com a prova de que a música tem propriedades terapêuticas.

06 novembro 2009

Solidariedade

O Centro de Apoio a Deficientes, na Parede, está a desenvolver uma campanha, em parceria com a CNAD - Cooperativa Nacional de Apoio Deficientes.
A Campanha "O NOSSO TECTO" é representada por este relógio, produzido a partir de uma tela pintada por uma menina com hiperinsulinismo (uma doença metabólica que provoca morte de células cerebrais).


O relógio tem um valor simbólico de 29,90€.
O objectivo da iniciativa é angariar fundos para a construção da habitação temporária para deficientes, que constitui, também, a forma de manter os postos de trabalho destes cidadãos.

Para mais informações visite o site: http://www.onossotecto.com/

04 novembro 2009

Porque sim

(foto minha)

Entre por essa porta agora
E diga que me adora
Você tem meia hora
Pra mudar a minha vida
Vem, v'ambora
Que o que você demora
É o que o tempo leva


Ainda tem o seu perfume pela casa
Ainda tem você na sala
Porque meu coração dispara
Quando tem o seu cheiro
Dentro de um livro
Dentro da noite veloz


Ainda tem o seu perfume pela casa
Ainda tem você na sala
Porque meu coração dispara
Quando tem o seu cheiro
Dentro de um livro
Na cinza das horas



Adriana Calcanhoto



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