29 janeiro 2009

Parabéns, amiga!

É hoje. Digo-te aqui, perante tudo e todos: sabes o que mais gosto em ti? Tudo!
A tua escrita fácil, arrebatadora, a tua imaginação sem limites, a tua sensibilidade que me faz ver borboletas coloridas a voarem no céu mais pardo.
Gosto da tua voz suave, da espontaneidade da amizade com que me brindaste. Da poesia com que polvilhas os meus dias.
És brilho, doçura, ternura e sensatez. Amiga dotada de telepatia. Alma gémea.
Descobrimo-nos há relativamente pouco tempo, dados os nossos percursos de décadas. Não importa. O que descobrimos é que somos siamesas, pegadas pelo coração, que separaram à nascença.
Até o sinal na cara!
Mas os outros, os sinais interiores, são esses os que continuam a unir-nos.
Suporte incondicional das minhas lágrimas, abraço quente quando faz frio cá dentro, és parte de cada momento dos meus dias.
E hoje, o dia é teu. Aproveita-o tão bem quanto mereces!
Um grande xi de parabéns!

27 janeiro 2009

De ouro, mulher??? Deixas-me pasmada!!!

A Maria, do Cheiro da Ilha, ofereceu-me o selo acima, criado para as mulheres que, de diferentes modos, constroem um mundo diferente.

De acordo com as regras, este selo deverá:

1. ser atribuido só a mulheres
2. ser copiado e colado no blog, fazendo referência de quem o recebeu
3. presentear seis mulheres, deixando um comentário nesses blogs para que saibam que ganharam o prémio.

Primeiro, agradeço à Maria. Sem desconsiderar ninguém, a Maria é uma referência para mim. Uma mulher forte, determinada, lutadora sem deixar de lado o romantismo nem a sensibilidade. De uma sensatez admirável, consegue também ter um sentido de humor e um espírito crítico que aprecio muito. Por isso, orgulho-me por me ter nomeado.

As mulheres notáveis a quem passo a distinção são:

1- Vekiki
2- Amigona
3- Adele
4- Cata-Vento
5- São
6- Gi

26 janeiro 2009

(foto surripiada do blogue da Girafa Cor de Rosa)


A Blue Velvet lembrou-se de mim para responder a um desafio.
E avisou, desde logo, que não valia dizer que se é ateu.
Portanto, não escapo. Lá terei de dizer aqui, em público, defronte de sei lá quantos milhões de leitores, como sou no que concerne, imaginem bem: a pecados mortais!
E fazê-lo tendo em conta a seguinte definição dos mesmos:

Gula: Comer a toda a hora e/ou além do necessário;
Avareza: Cobiça de bens materiais e/ou dinheiro;
Inveja: Desejar atributos, status, posses e/ou habilidades de outra pessoa;
Ira: É a junção dos sentimentos de raiva, rancor e ódio. Por vezes é incontrolável;
Soberba: Falta de humildade, alguém que se acha auto suficiente;
Luxúria: Apego aos prazeres carnais;
Preguiça: Aversão a qualquer trabalho ou esforço físico.

(Eh, eh, eh… isto vai ser de gritos!)

As regras do desafio, por sua vez, são as seguintes:
* Revelar a nossa relação com os pecados capitais;
* Nomear outros 8 blogues para responder ao desafio

Gula: sou gulosa, sim senhora. Como frequentemente chocolate, a minha tentação favorita, de preferência escuro. No entanto, sou daquelas pessoas gulosas qb. Pasmo quando ouço alguém dizer “não consigo parar de comer” isto ou aquilo.
Avareza: cada dia sinto menor necessidade de bens materiais. As voltas da vida fazem com que creia que vivemos com muito mais “tralha” do que a que necessitamos. Não cobiço bens materiais, contento-me com poucos, não sou consumista. Tenho a certeza que só preciso de afectos para me sentir viva.
Inveja: não posso dizer que sinta inveja de algo ou de alguém. Gostava de escrever como este ou aquela, mas não sinto inveja por isso…
Ira: raiva, rancor, ódio? Parecem-me termos fortes demais. Mas reconheço que por vezes sinto raiva com situações de desigualdade, de injustiça, de desonestidade, de violência, sob qualquer forma. Não alimento rancores; se os atirarmos para o passado, eles ficam lá.
Soberba: vamos por partes. Humilde sou, até creio que temos uma propensão cultural para não nos acharmos (individualmente) os maiores. Achar-me auto-suficiente não acho. Tento não “pesar” a ninguém, pedir favores o menos possível e ter sempre um gesto em troca, para equilibrar as relações. Mas auto-suficiente não sou, nem pretendo sê-lo; aliás, ser humano algum o é. Basta o coração, basta cativarmos e sermos cativados, como dizia a raposa do Principezinho, para sabermos que não passamos sem os outros.
Luxúria. Bem… não vou dizer como a Velvet que sou vegetariana, porque a verdade é que sou apreciadora de carne. Agora, a outra carne, aquela envolta numa pele macia, embalada por uma voz suave, um cheirinho bom, um olhar doce, palavras cúmplices, um abraço terno, um frémito eléctrico, ai, menina, aí não posso dizer que sou imune. Mas repara: todo o envolvimento emocional, psicológico e de pequenos nadas que são tudo têm de estar conjugados. Luxúria, ou amor? Chamem-lhe pecado, se quiserem. Eu, pecadora, me confesso…
Preguiça: um dia gostava de treinar a ver se consigo sê-lo. Sou o oposto. Não paro, mesmo cansada. Não espero que ninguém faça (aliás, nem podia…). Estou ansiosa por regressar ao trabalho. Não consigo pôr o dolce far niente à frente das obrigações. Mesmo ansiando por sossego, vou ao parque ou à praia com os meus filhos, combino com os amigos, e anseio pelo dia em que eles, mais crescidinhos, me deixem retomar a natação.

E, porque as regras são para serem quebradas, e eu gosto, não vou nomear ninguém.
Quem quiser ir ao confessionário, que o faça de livre e espontânea vontade...

25 janeiro 2009

Cultura

(a minha filha no Museu da Ciência Viva, em Sintra)


A cultura não se fez para estar nos museus, mas sim para estar na vida. Porque é a cultura que ensina o homem a escolher e construir e criar a própria vida, em vez de a suportar.
(Sophia de Mello Breyner Andresen)

23 janeiro 2009

Vou despir este manto de cansaço, abraçar o silêncio e deitar-me num conforto mínimo. Que crescerá à medida que o for aquecendo e deixando fluir o pensamento.

21 janeiro 2009

Os seis passos

Há dias em que as palavras não vêm ter connosco.
Às vezes isto até sucede quando estamos demasiados ocupados a sentir. Escrever é necessidade, no meu caso. Mas sentir é uma necessidade primordial, está muito à frente da necessidade de escrever.
Mas uma das particularidades da blogosfera tem a ver com as surpresas que nos reserva. E estas, por vezes, surgem sob a forma de desafio. E aí, já há um tema.
Hoje, o desafio chama-se

Programa dos 6 passos
e estabelece que:
a) Tenho de linkar a pessoa que me lançou o desafio: Vekiki
b) Escrever as regras deste no meu blogue. Já tá!
c) Contar seis coisas aleatórias sobre mim

1- Sou determinada desde que me conheço e muito persistente. Nunca desisto.
2- Adoro ler, escrever, pesquisar. Já iniciei uma obra que espero, um dia, resultar numa história que merece ser contada.
3- Aprecio a vida em cada instante, em cada momento de silêncio ou de riso, no gotejar da chuva ou no prazer brilhante do Sol, na companhia de moi même, dos filhos, dos amigos.
4- Gosto de histórias de vida, de relatos familiares antigos, de percursos que se vão desenhando, de caminhos tangentes, secantes, divergentes e convergentes.
5- Sou apaixonada por Sol, mar, azul, areia, calor... E pelas viagens, coisas que andam muito arredadas da minha vida, infelizmente...
6- Filoxera era uma das alcunhas com que o meu pai me rotulou quando era miúda.

d) Indicar mais seis pessoas e deixar os seus links no final do post
e) Notificar as pessoas que indiquei, deixando um comentário a cada uma

São elas:
2- Gi
6- todos os que quiserem apanhar o desafio

e que ninguém se sinta na obrigação de o seguir. As regras existem para serem quebradas. A Maria que o diga...

19 janeiro 2009

A noite fora entrecortada. A Mafalda tinha-me acordado cinco ou seis vezes e, de manhã, foi difícil descolar da cama.
Mas o dia prosseguiu, normalmente. Consegui ter a pedalada habitual para a casa, as compras, a ida ao parque, tudo com a pequerrucha colada a mim.
Antes do jantar, porém, enquanto os meus filhos brincavam um bocadinho, refastelei-me a ler no puff e fui ficando cada vez mais moldada a este, suavemente embalada pela leitura, num sono que se insinuava, indiferente ao ruído próximo.
Quando dei por mim, alguém interrompia o meu dormitar. A Mafalda, maternal aos dois anos e meio, tentava dar biberon a uma mãe que se via no papel trocado: o de bebé!

18 janeiro 2009

(foto do André)

A magia existe.
Não acreditam?
Eu conheço duas pessoas mágicas.
Fazem telepatia, riem comigo e afugentam as minhas lágrimas.
Sabem o que sinto e comungam dos meus sentimentos.
Mesmo à distância.

16 janeiro 2009

Um novo conceito de férias


As palavras são como as pedras. Uma vez arremessadas, não voltam atrás.

(inscrição em pedra, numa das entradas do Parque dos Poetas, Oeiras)

Num momento menos feliz, alguém me disse: "Mas tu estás de férias há uma data de tempo!"
Referia-se ao facto de eu estar há uma data de tempo sem emprego.
Quem me conhece, sabe o quanto me tenho empenhado para alterar esta situação. Sabe que, além do desconforto, sinto diariamente a preocupação. Mas não me tenho deixado vencer. Agarro-me ao que me faz sentir útil e/ou produtiva.
Mas eis que, repentinamente, EUREKA! Fez-se luz!
Esta cena teve, pelo menos, isso de bom: abriu-me o espírito: agora, vou lançar no mercado um novo conceito de férias em regime de time-sharing para quem queira comprar umas férias como as minhas. Por isso, comecem já a fazer reservas todos os que estiverem interessados em passar os dias a: tirar roupa da máquina, estendê-la, mais tarde recolhê-la, dobrá-la, guardar a que for de arrumar e passar a que for de engomar.Fazer pequeno-almoçol, almoço, lanche, jantar e mais um pequeno lanche nocturno antes de os miúdos se deitarem. Ah! Não esquecer os lanches para o Vasco levar no dia seguinte para a escola! Aspirar, ou varrer, consoante os dias e as situações. Limpar pó, lavar casas de banho, fazer compras, colocar joelheiras nas calças do Vasco e botões nas diversas roupas, sobretudo nas camisas do pai. Esfregar sujidade de terra ou xixis e cocós antes de pôr as peças na máquina da roupa. Lavar parte da louça, pôr a restante na máquina, lavar o fogão e limpar o frigorífico. Fazer camas de lavado, arrumar a desarrumação de várias pessoas, duas ainda crianças. Sacudir tapetes, lavar vidros, etc, etc.


Apressem-se! É que acho que este tipo de férias será tão desejado que rapidamente esgotarei todas as oportunidades de time-sharing.

13 janeiro 2009



NÃO POSSO



QUEM DISSE???


(esta foto faz parte de uma série de fotos de um amanhecer que publiquei há mais de um ano, como podem ver aqui)

12 janeiro 2009

(foto: Celma Leite)


Ah, essa vez. A primeira oportunidade de se verem e de passar algum tempo juntos. A primeira oportunidade para avaliarem os danos. Joe sentira fome de contacto- dos tempos fáceis junto do irmão, do conforto da família, do ritmo das piadas e das histórias e de acabarem as frases um do outro.


(Luanne Rice, in "Espero por ti este Inverno")

11 janeiro 2009


(aproximo-me da minha filha e sinto um cheiro inconfundível)

- Mafalda, tens cocó?

- Não, obigada.

09 janeiro 2009


E é fabulosa, a nossa capacidade de nos reinventarmos.
Num dia somos trucidados, no outro já temos de ter os cacos unidos novamente e partir para mais embates.
Prosseguimos, sempre. Mesmo desasados. Mesmo desamados.
Porque buscamos sempre mais. É a razão de não se desistir da vida.
Esperamos sempre uma nova oportunidade.
Seja ela saúde, amor ou trabalho.
Como nos horóscopos…

05 janeiro 2009


(foto surripiada a uma amiga, que por sua vez a encontrou na net)

Estou aqui, estou a apanhá-los todos. Os fragmentos de vida, as fagulhas, os arco-íris.
Juntá-los-ei todos numa obra que será um musical mas também uma poesia.
Uma ode à vida, onde as dores também têm o seu espaço, onde a perda nos consome, mas também nos reforça o gosto pelos nossos tesouros.

Não tenho nada. Tenho a imaginação.
Mas sou mulher para guardar na caixa de recortes só o que conta. Contam os dias de Sol, os passeios e a praia. Conta a flor inesperada, a amiga alma-gémea, o chocolate negro, as corridas dos meus filhos para os meus braços. Contam os leitores que botam acima, os anónimos que acarinham, a telepatia, os retratos antigos.
E aqueles momentos de entusiasmo, uma música vibrante, um filme apaixonante, eu e os miúdos a descer pelo escorrega. Os livros trocados com amigas, os olhares marotos de quem fez asneira.
A lembrança de tudo o que vivi com os que já não estão cá.
Na minha caixa de recortes só há lugar para o que é positivo. Um pôr-do-Sol mágico, uma gole de sangria enquanto se rouba uma garfada ao prato do conviva do lado.
Risos, muitos risos, até às lágrimas.
Gelado no nariz e no queixo, cartas de amor, caras alegres.

Vou guardar os vossos gestos, as palavras mais belas, as dedicatórias que me deixam de lágrima ao canto do olho.
E conchas, estrelas do mar, borboletas coloridas e riachos que cantam. Peixes que emergem e voltam a mergulhar, Natureza, passeios de canoa.
E festas-surpresa, peças de teatro. Beijinhos à esquimó.

É que, como vos disse, nesta caixa só há espaço para o essencial.
E o essencial é o que nos faz bem.

04 janeiro 2009

02 janeiro 2009

A Blue Velvet lançou-me, há pouco, o isco. A ideia era morder uma data de perguntas, em jeito de balanço de fim de ano, e responder.
Mas a lista era extensa, o tempo escoa-se e eu ainda quero ir lá espreitar o fogo-de-artifício antes da meia-noite de 31 para 1. Ai, menina, tu não consegues fazer a coisa por menos? Que interrogatório!!!
Bem, vou lançar-me ao desafio, respondendo. Mas aviso já que fico à espera das tuas respostas…
À primeira questão, o que fiz em 2008 que não tivesse feito antes, é difícil realçar algo. Faço coisas novas com frequência, mas nenhuma de especial este ano :-(
Resoluções de ano novo? Que é isso??? As minhas resoluções têm a ver com o dia-a-dia, não com o caducar do ano.
Que gostaria de ter feito? Ai, filha, não perguntes isso a alguém com uma imaginação como a minha. (por isso eu disse que não responderia a tudo, se não ainda aqui estaríamos na passagem de ano).
Que data ficará marcada na minha lembrança? O tempo dirá.
O meu maior fracasso? Eu, fracassar? Sou bem sucedida em tudo!
Se estive doente? Então não se vê, pela minha voz e o meu nariz?
A melhor coisa que comprei? Comida, claro!
Comemorar comportamentos? As primeiras leituras do Vasco! Aí, eu babo…
Comportamentos deprimentes? Esqueço-os.
Para onde foi a maior parte do meu dinheiro? Primeiro, ele não é praticamente nenhum. Agora, respondendo: para a casa…
O que me deixou realmente excitada? Isso é pergunta que se faça? Olhe o pudor, menina!
Que canções me vão lembrar de 2008? Algumas, mas não sei se sairam este ano…
Comparando com o ano passado, se estou + feliz/triste, magra/gorda, rica/pobre? Tem dias… Sempre a emagrecer, corpo e conta no banco.
O que eu queria ter feito mais? O que sei que ainda farei.
Como vou passar o reveillon? Para mim, é uma passagem de ano, que nem a costela francesa me faz dizer reveillon. É sempre de improviso.
O que queria ter feito menos? Não vás por aí… não há tempo…
Se me apaixonei? Apaixono-me diariamente; a vida é repleta de motivos para nos apaixonarmos, só temos de estar atentos...
O meu programa de tv preferido? Quase não vejo tv, mas estou a seguir uma série: Equador.
Ódios? Para trás das costas.
O melhor livro que li? Sou promíscua neste campo, já sabes. Não escolho um, há sempre vários: Sétimo Selo, Filipa de Lencastre, Crónicas do Lobo Antunes, O Menino de Cabul, Carnaval em Veneza, O Rio das Flores, O Último Ano em Angola…
A minha descoberta musical? Deixa-me pensar…
O que querias e conseguiste? Então não se vê que eu consigo tudo o que quero?
O que fiz no meu aniversário? Um passeio ao Castelo das Rainhas: Óbidos. Seguido de jantar em família com uma surpresa (humana) vinda de longe.
O que teria feito o meu ano definitivamente melhor? Aqui, todos os meus leitores sabem e até podem responder em coro: um emprego!
O meu modo de vestir em 2008? Confortável.
O que manteve a minha sanidade? Ah! Quem diz que eu sou sã? Já me acusaram de o não ser!
Qual o episódio da política que me deixou mais furiosa? NNNNNNNN
De quem senti falta? Tu sabes. Dos que já estão no plano infinito.
A pessoa mais querida que conheci? Não respondo, desculpa.
Uma lição valorosa que aprendi neste ano? Este ano, especificamente, não aprendi, mas confirmei. Que os amigos são o melhor bem que temos.

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