19 agosto 2007


Sinto-me como aquele rio sobre o qual Brecht dizia: "Do rio que tudo arrasta se diz que é violento, mas ninguém diz violentas as margens que o comprimem".

3 comentários:

SOBE E DESCE disse...

Pois não, até porque muitas vezes o rio é violento, com rápidos e quedas, porque as grandes depressóes que encontra no caminho são profundas.
Se o leito em que corre for suave ele será suave.
Será mais belo assim, ou a violência em que é obrigado a correr é que lhe dá a beleza?...
Uns gostam de calma, outros...

De Amor e de Terra disse...

E Brecht, tinha toda a razão...
Mas mesmo com margens a oprimir, a verdade é que este rio e todos os outros, incluindo os que temos no peito, podem suaves ou mansos, consoante a pressa que leva...

Um beijo da

Maria Mamede

Victor Nogueira disse...

Olá
Deves saber que o rio a que Brecht se refere metaforicamente, são «o povo» ou os «trabalhadores», isto é os oprimidos e alienados pela classe dominante ao longo de milénios. E o transbordar das margens, não é uma «revolu~ção» como a dos cravos, mas como as que têm ocorrido ao longos dos tempos, desde os escravos, passando peloa camponeses pobres, pela Comuna de Paris, pelas revoluções de 1848 na Europa, pela de Outubro de 1917, e muitas outras. Mas se tudo isto não rebentar antes, o rio será depois sereno e sem barriras, para todos e cada um dos sobreviventes.
Bjo
VM

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