(foto retirada da net)
- Como estás tu?
ou seja a pergunta mais difícil de responder que conheço. Nunca sei como estou. Estou hexagonal. Estou cor de laranja. Estou chato como a potassa para mim mesmo. Faz-me uma pergunta menos complicada, Júlio.
Este o mote da minha escrita, hoje. Uma crónica de António Lobo Antunes, de que transcrevo um pequeno excerto.
Estou sozinha. Normalmente faço boa companhia a mim mesma.
Mas desta vez sinto algum vazio que me impele a não parar. De ver televisão (coisa que poucas vezes faço), de passar pelos blogues, de preparar roupas ou planos de trabalho.
Os miúdos estão com o pai e eu não reconheço o silêncio. Embora este me faça falta, para ouvir os meus próprios pensamentos.
Preciso de me ocupar. Com quê? Uma história continua à minha espera, mas a imaginação evadiu-se.
Há prateleiras e prateleiras de prosa e poesia ansiando por serem lidas. Há um sofá, em que raramente posso descansar, a chamar por mim.
Há pensamentos turbulentos e mãos frias. Momentos que se alongam.
Gostaria de saber escrever-vos poemas. Não sei.
Vou mimar o sofá. Passar os dedos e o olhar pelos livros.
Prestar atenção a um filme, ou a mais um episódio de séries de crime, como fiz ontem.
Com uma manta no colo, e a consciência de que se devem aproveitar todos os momentos,
especialmente os raros.
12 comentários:
É verdade. Este homem diz as coisas mais simples mas que nós não encontramos palavras para dizer.
Também estou hexagonal.
Beijinhos
Subscrevo o comentário da Buevelvet sobre o ALA.
Não estou hexagonal, mas para lá caminho. Amanhã espero lá chegar ao fim da manhã.
não me façam perguntas chatas que dão muito trabalho a responder...
é como que um recado!
é da época, fica para trás tudo o que não foi dito ou não foi feito...
fica bem , anima~te
beijinhos
Procuremos desenvolver entre nós o amor fraternal e estimulemo-nos a fazer o bem...animemo-nos uns aos outros...”
Feliz Ano Novo!
Beijinhos
Pj
Filoxera.
Não hexagonal, mesmo octogonal!
E o ano não há meio de passar, para se acabarem estes dias de tanta solidão acompanhada!
e... por favor... não me faças perguntas chatas que dão muito trabalho a responder.
Tem um FELIZ ANO NOVO
Beijos
Filoxera........... com tanto à sua volta e tão... sem vontade de nada!
Não se pode parar, não se deve parar, temos de aproveitar, cada minuto... cada segundo da nossa vida, para não nos arrependermos um dia.
Faça o que achar que é mais importante... olhe à sua volta e para a frente é que é o caminho.
Não se esqueça que em algum lugar... alguém poderá desejar de si uma palavra amiga, aproveite essa disponibilidade.
Um Bom Ano de 2010
Beijo da Maria
D.
Há muitos, muitos anos, (31) comecei por sentir algo semelhante. Mas não há nada que o tempo não amenize; por vezes até acaba por curar.
Sei que a princípio é complicado, mas tenta minha querida, tirar partido do silêncio e da solidão para te acompanhares, rodeando-te daquilo que amas fazer. E faz passeios a pé; dão energia e cansam, que às vezes também é preciso cansar o corpo para dar sossego à mente.
Beijos e um 2010 com as coisas boas que o que termina não pode dar.
Maria Mamede
Pois eu hoxe síntome...simplemente poliédrico.
Beijos irregulares
São momentos, que logo logo passam.
Às vezes é bom ficarmos enroscados num sofá, a ver um filme, ou a ver... nada...
E sem perguntas, para não ter que haver respostas!
Beijinhos
Esse é um grave "defeito" de nós mães. Quando os miúdos se vão, não sabemos o que fazer com o tempo que é só nosso. Talvez porque já tenhamos perdido o costume de ter o tempo para nós.
beijos de boa noite
Há sempre dias que nos deixam ou põem fora de nós mesmos e muitas das vezes sem razões aparentes para tal.
BOM ANO AMIGA...
Filoxera
Quantas vezes, rodeado de pessoas, olho em volta e estou sózinho.
A solidão nem sempre é estar só. E tem momentos que estar só faz falta.
Sei que não é o caso e por vezes é preciso "abanar" e fazer cair dos galhos da àrvore da vida os que estão secos. Só ficarão aqueles que nos fazem falta e esses têm de ser cuidados e regados todos os dias.
Beijinhos e um 2010 com tudo de bom para si.
António
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