13 setembro 2007
Eu vi!
Tenho por hábito, enquanto o tempo o permite, não regressar a casa assim que vou buscar os meus filhos à escola. Deixo-os gastar energias e sentirem-se livres, levando-os ao parque, a casa da avó ou de amigos, à praia, ao paredão, o que apetecer e não for demasiado repetitivo.
Na passada Terça-feira, a vontade puxou-me para a praia. Não que a temperatura estivesse abrasadora, longe disso. Era, nitidamente, o apelo do mar. O desejo de brincar livremente com os miúdos enquanto chapinhava, quanto mais não fosse adentrando-me pelo oceano até à profundidade suficiente para imergir os pés.
Que não, o *****, na idade de tudo contrariar, queria era ir a casa do Gonçalo. Mas eu, muito democraticamente, votei por mim e pela minha filha, que ainda não tem capacidade de se exprimir, e elegi a praia.
Foi a mais curta estadia na praia. Pouco depois, a aragem já me fazia recear a possibilidade de a bebé ficar ranhosa demais, sempre molhada e a receber o vento sem mostras de desagrado pelo arrefecimento.
Mas foi também a ida à praia mais certeira da minha vida: o pouco tempo que lá passámos foi o tempo que acolheu a passagem saltitante de um golfinho.
Conheço e frequento desde sempre a praia de S. Pedro do Estoril, aquela que é, de longe, a que me acompanha mais vezes nas lides estivais, mas nunca vira um golfinho banhar-se nas mesmas águas que eu. Quem sabe, talvez o apelo irrestível pela maresia nesta Terça-feira fosse um prenúncio da surpresa que nos aguardava.
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6 comentários:
guardei no coração o que me escreveste ontém. Não publiquei. Volto a ti outro dia, com mais calma mas queria dizer-te que ... não estás sozinha, fiquei emocionada e havemos de falar muito sobre tudo, sobre a vida.
Deixa-me um mail, quando puderes.
o meu esta no profile-
um beijinho
Vim dar uma vista de olhos pela Net, ver o que há de novo.
Ontem já tinha dado uma vista de olhos, mas o sono venceu-me, hoje o sono não chega, mesmo com um acompanhamento que seria desnecessário se tudo estivesse bem. Mas não está!
Há dias um pouco difíceis hoje é um deles.
Esta semana talvez me resolva e tire um dia para ir para qualauer sítio ver o mar.
beijinhos
Que privilegiada.. os golfinhos são mágicos... só podem ser enviados dos deuses para estarem tão perto dos homens!
Muitos beijinhos!!!
Talvez seja um sinal... Um sinal que se aproxima a liberdade que tu tanto desejas para conseguires fazer o que mais anseias, por mais simples que isso seja!
E não tenhas dúvida de que foi. Também eu sinto frequentemente esse apelo e, por vezes, deparam-se-me coisas que me deixam cada vez mais colada a essa vastidão de azul que tanto me apaixona. Ou são as gaivotas que o sobrevoam pipilando sem parar,ou os barcos que regressam da faina, ou os golfinhos, ou...
é um fascínio, um apelo irresistível.
Beijinhos
Há quem diga que há cruzamento de pensamentos à distância. Será?
Quando li o teu comentário ao meu post "Eu vi" tive um arrepio - gostoso, agradável - e vim cá procurar o teu "Eu vi". Encontrei. Mais surpreendida fiquei pelo facto de ele se referir, também, a algo que se passou no mar. É fantástico!
Tenho que visitar-te mais vezes.
Tenho andado arredia, apagada, mas voltarei. É tudo uma questão de inspirar fundo, abrir as narinas, sorver o ar fresco das manhãs e dizer: "Merda, a vida continua!"
Desculpa o termo, mas às vezes dá um prazer tão grande usá-lo!
Um beijinho
Maria
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