18 setembro 2007

Saudades

Numa das últimas noites, despertei para a nostalgia. Dei-me conta das saudades que tinha duma noite assim, quente, a cheirar a Verão. De preferência, passada na rua.
Das estações do ano bem definidas, com transições suaves e longos meses estivais.
A nostalgia é como as cerejas, arrastando-me pelas outras saudades: da Feira Popular, de acordar fresca após um curto sono coroando uma noite bem musicada e muito ritmada.
Saudades de poder dispor do meu tempo.
Saudades do Porto. De viajar, de namorar.
De ir ao cinema e ao teatro.
De acreditar.
Da minha gatinha, ternurenta e linda.
Saudades do meu pai. Do meu pai anterior à saga Alzheimer, sobretudo.
E as vossas saudades, são feitas de quê?

6 comentários:

Alex disse...

de ternura, de muita ternura.


um beijo grande
Recebi o que me enviaste, guardei e retribuo-te mais tarde.
Obrigada.

Unknown disse...

Neste momento, as minhas saudades são feitas de ti, a quem eu espio todas as noites, ainda que tantas vezes cansada e dorida deste rapazote que cresce dentro de mim...
Não penses que ando esquecida !!...
Beijo

SOBE E DESCE disse...

Saudades!
Uma palavra que os portugueses inventaram.
Saudades!
Saudades dum tempo muito curto e muito longo!

Filoxera disse...

Zé, será para mim prioritário matarmos as saudades. Farei por ir depressa ao Porto.
Alex e Sobe e Desce, um abraço forte, vindo directamente do coração.

De Amor e de Terra disse...

Olá linda!

As minhas saudades são feitas de pequenas e grandes coisas que já tive e principalmente do que não vivi!...


Beijo

Maria Mamede

Victor Nogueira disse...

De que são feitas as minhas saudades? Não sei se tenho saudades!
Talvez lhes chame ... o vazio da ausência? Mágoas? Penas? «Saudades» do sol arrancado antes de nascer? Das praias de Luanda, das águas cálidas, do cheiro a sal e a sol e a maresia? Da chuva e da brisa? Do sol e do mar e dos dias cheios de claridade? Do «peso» de ficar sempre um pouco de mim nas pessoas que conheci, nos caminhos que percorri, nas terras onde estive? De não haver passado, mas sim um eterno presente, ali ao alcance da mão, da voz ou do gesto, mesmo que silenciosos?
Uma vez no «Um contra Todos» o Malato perguntou a uma concorrente qual seria a resposta dela se tivesse possibilidade de ver satisfeito um pedido,ao que ela respondeu «que a minha filha fosse sempre feliz». Ele parou e depois respondeu duma maneira que achei bela «Que todos aqueles de quem gostei e partiram voltassem de novo para ao pé de mim» Sim, às vezes tenho «saudades» dos que já partiram, dos gestos que fiz ou não fiz, das palavras que disse ou não!
Mas se podesse responderia que houvesse autêntica paz e alegria dentro de nós! Ou apenas feliciddade sem miséria para todos. Mas como isto são sonhos, deixo-te um abraço apertado e amigo.
Victor Manuel

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