25 abril 2013

25 de Abril



Eu era apenas um ano e tal de gente, pequena demais para me aperceber quando o 25 de Abril aconteceu.
Não sabia que o meu pai tinha ido para Lisboa, em busca dos acontecimentos que as notícias diziam revolucionários. A minha mãe, em casa, comigo, receava pelo que pudesse acontecer, temendo um volte-face na situação, mesmo alguma escaramuça...
A minha memória dos 25 de Abril subsequentes prende-se com aquele brilho no olhar dos meus pais, com as manif's, com as canções de Abril que me fazem vibrar cá dentro as cordas da emoção e me convocam ao olhar as lágrimas cúmplices dum coração que estremece.
Esta é, para mim, a data. Marca-me de tal forma que a escolhi para criar o Escrito a Quente, há seis anos.
Porque a liberdade é essencial à vida, como escrever se tornou essencial para os meus dias.

1 comentário:

Nilson Barcelli disse...

O 25 de Abril, para quem o viveu, é inesquecível. E também para os que souberam transmitir aos seus filhos o clima de entusiasmo que se viveu.
Querida amiga Filó, tem um bom fim de semana.
Beijo.

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