29 setembro 2008

Momentos axadrezados

O pedido foi feito cedo e reiterado inúmeras vezes: "Mãe, quando é que me ensinas a jogar xadrês?".
Eu achava que cinco anos eram poucos para quem pretendia aventurar-se neste jogo, que de fantasia não tem nada e de acção ainda menos. Receava não conseguir cativá-lo e que, com isso, o seu entusiasmo pelo xadrês esmorecesse sem remédio. É que eu aprendi a jogá-lo aos sete anos e o meu preconceito não me deixava encará-lo como um desafio para um menino de cinco.
Cada adiantamento meu esbarrava num argumento dele. A insistência infantil levou a melhor. E ainda bem.
Hoje, o Vasco joga xadrês com gosto. Perde peças, aliás perde mesmo as partidas porque lhe falta ainda a capacidade tática e, por vezes, a concentração. Mas vai marcando pontos no raciocínio e não se deixa abater por nenhuma derrota, antes clama por mais um jogo.
E eu "babo-me" com o interesse demonstrado por um passatempo que me foi incutido pelo meu pai e que agora saboreio com o meu filho, num fio condutor intergeracional que espero não ficar por aqui...

13 comentários:

1/4 de Fada disse...

Um dos meus encantos é encontrar nos meus filhos os sinais dos mais velhos da família, numa mistura subtil com coisas que são deles só. É incrível, a herediteriedade... Eu tenho um rapaz e uma rapariga com 17 anos que são gémeos, são uma fonte permanente de espanto e de prazer.

Pitanga Doce disse...

Ainda hoje falo sobre isso. A disponibilidade dos pais a brincar com os seus filhos e verem e até se espantarem com as possibilidades que eles têm. Também tu saíste ganhando com isto.

beijos a boa tarde

São disse...

Minha querida, o perigo de aversão aparece quando são ao adultos a imporem, mas se parte da criança já tudo é mais fácil.
Beijinhos.

Meg disse...

O que ele sabem e do que são capazes hoje com 5 anos.
Além disso, filho de peixe, como nãp podia deixar de ser, tem de saber nadar.
E o xadrez é uma óptima escolha.

Um abraço

Alexandre disse...

Xadrez é fundamental para o raciocínio das crianças - acho que até podia fazer parte do currículo escolar, substituindo coisas que lhes incutem sem interesse de maior!

Parabéns ao Vasco, vai ser um grande jogador!

Muitos beijinhos, Filoxera!!!

Anónimo disse...

Um jogo de grande raciocínio, o meu filho por vezes também quer jogar, já lhe começei a dar umas dicas.

São momentos que certamente iremos recordar com muita alegria daqui a uns anos.

Um abraço.

Fernando Santos (Chana) disse...

Olá, belos momentos axarezados...Espectacular...
Beijos

Tiago Mendes disse...

Eu adoro xadrez. Aprendi com o meu pai. Com o meu avô aprendi a jogar damas.
Se algum dia se vier a dar o caso de ter filhos (ui, daqui a muuuitos anos!), vou-lhes ensinar ambos os jogos.
Trazem-me muito boas memórias.

Beijinhos
Tiago.

ANTONIO SARAMAGO disse...

O Xadrez é para pessoas inteligentes, eu não percebo nadinha disso...

Carla disse...

que bom essa interelação e essa capacidade de ensinar. Porque para alguém gostar de algo que ensinamos é importante que a nossa lição seja feita com amor e dedicação
beijos

osátiro disse...

É precisamente com essa idade que começam os grandes nomes: seja música (mozart), seja...xadrez.

Paulo disse...

Tal como no xadrez, há alturas da vida em que convém ponderar muito bem uma decisão, ver todas as possibilidades e perigos e por vezes é vantajoso não "comer" já, para se poder "comer" melhor no futuro.
Excelente práctica para formar bons caracteres!

Já agora, vai um joguinho?

http://www.chess.com/echess/profile/Lince

Anónimo disse...

Por estranho que possa parecer nunca aprendi a jogar xadrez, tenho que pedir uma lições ao Vasco, não sei é se ele tera paciencia para me ensinar.

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