09 junho 2011

É feito de silêncio, este meu pranto,
De horas sós, bordadas de tristeza
Nele me deito, perdida, na incerteza
De rever esse sorriso que amo tanto

É casebre moribundo, em ruína,
Este meu corpo que adormece, morno
Na saudade do teu e do abandono
A que nos damos, cumprindo a nossa sina

E quando novo dia me resgata à noite,
Faço-me ave em voo terminal,
Procuro galho onde a solidão me acoite
E pouso nele o meu estertor final.

15 comentários:

Luis Eme disse...

e eu saio em silêncio, deixando-te um beijo e uma rosa, Filoxera.

Pena disse...

Estimada e Linda Amiga:
"...E quando novo dia me resgata à noite,
Faço-me ave em voo terminal,
Procuro galho onde a solidão me acoite
E pouso nele o meu estertor final..."

Força. É a vida, doce amiga.
Por vezes, prega-nos partidas irreparáveis e graves ao nosso bem-estar.
Escreve de forma fantástica.
Olhe, apesar da sua tristeza vale sempre a pena viver. É linda, a vida.
MUITO OBRIGADO pela sua simpatia. É recíproca, creia?
Beijinhos amigos de pureza.
Fique bem. O seu talento é maravilhoso.
Sempre a admirá-la e ao que concebe.

pena

É fabulosa.
Honra-me a sua amizade.
Bem-Haja, fabulosa poetiza.

Jony River disse...

always!

Chousa da Alcandra disse...

Por máis que as palabras escollidas tentan evocar tristura..., eu percibo nelas moitísima vitalidade!

Beijos ó caladiño

Sofá Amarelo disse...

Que o galho seja o ponto de partida para que o corpo acorde e o silêncio se borde em laivos de alegria...

De Amor e de Terra disse...

Entre a tristeza da solidão e a ruína que a alma sente dentro da noite, há sempre uma esperança que teima em ressurgir a cada aurora.

Bjs. minha linda.
M.M.

Branca disse...

Tão lindo este teu poema, um grito de dor e saudade que se transformou numa bela poesia e a poesia é sempre uma catarse refrescante.

Beijinhos para ti.
Branca

© Piedade Araújo Sol (Pity) disse...

Filo

nem sempre o silencio será só silencio.

um beij

© Piedade Araújo Sol (Pity) disse...

Filo

nem sempre o silencio será só silencio.

um beij

Elvira Carvalho disse...

Muito bonito o poema, pese a saudade, que encerra.
Um abraço e uma boa semana

Maria disse...

Demasiado triste para um sorriso como o teu...
Re.age!

Beijo.

Nilson Barcelli disse...

O verdadeiro pranto é feito em silêncio. Ou então é uma imitação pós moderna das carpideiras... rsrs...
Tudo isto para te dizer que o teu poema é muitíssimo bom.
Minha amiga, desejo-te uma boa semana.
Beijos.

Rogério G.V. Pereira disse...

Nesse novo dia pus
outra luz
Impedi, por momentos, aves de voar
Vesti de flores a árvore toda
cobrindo qualquer galho
onde pudesse pousar

Esperei,
sem sucesso,
pela poetiza suicida
Não veio.
Por certo
agarrou-se de novo à vida

bettips disse...

RESISTIR, resistir sempre.
Com a inocência das crianças.
Bjinho

Mª João C.Martins disse...

No silêncio se borda a solidão e todas as palavras com que rasgamos os dias à procura de esperança.
Encontramo-la quase sempre, debruada pelos primeiros raios de sol que nos aquecem a alma de todas as ausências.

Lindo e dorido o teu poema...
Há tanto tempo que não te lia. Desculpa, minha amiga, o tempo não me tem dado tempo :-)
Um beijinho

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