29 agosto 2008

Fazer amor

Desengane-se quem vier em busca de inconfidências minhas acerca do acto de amor, no sentido sexual.

Não é esse o tem do meu post de hoje.
Deu-me para me questionar se a expressão "fazer amor", no sentido em que é convencional utilizar-se, será, de facto, apropriada.
Eu explico-me; se tiverem curiosidade em seguir a minha lógica, se é que assim se pode chamar.


É frequente eu deitar-me na minha cama, à noite, com um filho de cada lado. É um mau hábito para eles, que terei de contrariar suavemente, pois qualquer dia não consigo que adormeçam sem companhia, cada um na sua cama.
Mas é um momento de ternura, de amor.
Sinto aquelas mãozinhas pequenas a acariciarem-me ou a exigirem o meu pescoço para um abraço terno. As palavras carinhosas, os beijinhos doces, os dela ainda com um certo aroma de bebé, seja ele o da loção, das gotas polivitamínicas ou mesmo da fralda molhada, mas de bebé, ponto.
Os braços magrinhos do Vasco ou o corpinho rechonchudo da Mafalda, todo o ambiente de cumplicidade e de entrega total ao miminho me faz questionar se não será isto "fazer amor".
Certamente que o prazer que retiramos e oferecemos quando saboreamos momentos de intimidade sensual também pode ser designado dessa forma, mas tem muito mais de volúpia, de erotismo, de brincadeira, do que estes momentos de preâmbulo do sono que eu por vezes saboreio com os meus filhos, numa atmosfera meramente sensorial e inocente.

18 comentários:

Pena disse...

Lindíssima Amiga:
Que ternura e encanto o que descreve como "fazer amor".
Lindo...!!!!!
Quando diz de forma muito doce:
"...Sinto aquelas mãozinhas pequenas a acariciarem-me ou a exigirem o meu pescoço para um abraço terno. As palavras carinhosas, os beijinhos doces, os dela ainda com um certo aroma de bebé, seja ele o da loção, das gotas polivitamínicas ou mesmo da fralda molhada, mas de bebé, ponto.
Os braços magrinhos do Vasco ou o corpinho rechonchudo da Mafalda, todo o ambiente de cumplicidade e de entrega total ao miminho me faz questionar se não será isto "fazer amor"..."

Fiquei deliciado e encantado.
Adorei, com sinceridade e seriedade.
Bem-Haja!
Beijinhos a toda a sua família e a si.
Sempre a admirar o que faz e faz bem

pena

Excelente sentir!
Incrível de pureza e beleza, sabia?

Maria disse...

Serão duas formas diferentes de fazer amor, porque de amor se trata, e são também amores diferentes...
... e os momentos de volúpia e de erotismo têm também muito de ternura, ou não?

:))))

Beijinhos

Patti disse...

E que amor melhor que esse?

ANTONIO SARAMAGO disse...

Eu venho pedir muitas desculpas por ter desaparecido daqui deste maravilhoso cantinho, mas houve revolução no meu espaço e só agura consegui linkar-te novamente.

Nenúfar Cor-de-Rosa disse...

Ai FIloxera...que post mais lindooooooooooooo!! Muitíssimo pbrigada por esta partilha tão doce, tão AMOROSA no verdadeiro sentido. Eu concordo contigo, parece-me que são estes os verdadeiros momentos em que fazemos amor! Um bom fim de semana, cheio de sorrisos e coisas boas!!Ahhh...e a música é maravilhosa!!

jo ra tone disse...

Claro que está muito bem,
Tudo é feito com amor e carinho.
é de louvar a mãe que faz crescer os seus filhos no amor.
Beijinhos
Bom fim de semana

Raphaela Cravo e Canela disse...

Lindíssimo. Escreveste como quem realmente entende o "fazer amor". Parabéns e obrigada por compartilhar! Bjos

José Gomes disse...

Que ternura, que suavidade, que beleza... ffiquei encantado com estas tuas palavras.
Um bom domingo.
Um abraço,
José Gomes

São disse...

O texto é uma ternura só.
E fazer amor é uma expressão que nunca me agradou muito, por me parecer demasiado física.
Boa semana em companhia das suas crianças ( e, se possivel, do pai das ditas).

BlueVelvet disse...

Que doçura de texto.
É claro que isto é fazer amor. Pode ser uma das formas, mas é com certeza. E o que lhe falta em volúpia ou sensualidade, sobra-lhe em carinho e pureza.
Beijinhos e bom domingo

Elvira Carvalho disse...

Um post muito terno.Adorei. O pior é que eles habituam-se e depois...
Quando o meu Pedro era pequeno, adorava dormir comigo, o que acontecia sempre que o pai ficava de serviço à noite. O pior era que para o fim já queria dormir connosco mesmo com o pai em casa.
Um abraço

em azul disse...

É uma ternura... como compreendo!

Um abraço

Unknown disse...

Amiguinha :
Como eu te compreendo !...
Houve uma fase em que a Mariana só adormecia de mão dada a mim... E o Rafael, tão pequenino, também já gosta de adormecer a tocar-me...
São momentos indescritíveis, que só quem os vive, sabe realmente entender...
Como é bom "fazer amor" !...

Anónimo disse...

Que saudades me deixam momentos desses!!!
São de aproveitar enquanto duram!

Bjs

A OUTRA disse...

Há vários amores, como tal há várias maneiras de o fazer e o sentir.
O amor entre homem e mulher, sendo amor, tem uma carga muito física que em nada tem a ver com o que envolve outros amores, outras formas de amar.
No entanto o prazer retirado daquele, ou daquilo que amamos, pode ser intenso.
O amor mãe e filhos, penso, se normal é diferente de qualquer outro amor. O filho é uma continuação da mãe ou pai, um bocado deles. Envolve sentimentos complexos, mas reais. Isto nos casos absolutamente normais, pois é do normal que estou a falar.
Bj
Maria

Isamar disse...

Não tinha dúvidas, amiga, de que ias falar do " fazer amor" num outro contexto. E o texto que escreveste é tão bonito! Como são sempre os textos que escreves. Com temperatura elevada.Própria do amor maternal e filial.

Beijinhos mil

Pipinha disse...

Olá querida amiga, obrigada pela tua presença no meu cantinho, pelos miminhos e pelo apoio. Gostei muito!
E que forma tão encantadora e ternurenta de fazer amor!!! Adorei!
Que coisinhas boas!!! Ser Mãe é maravilhoso, não é doce amiga?
Também adoro estar abraçada ao meu filhote e mimá-lo muito e também o deixo vir um pouquinho para a minha cama.
Adorei a descrição que fazes dos teus filhos! Parabéns mamã linda!
Espero que a tua semana esteja a ser boa e sempre com muito carinho, paz e alegria no coração.
Beijinhos carinhosos e abraço meiguinho.

Oliver Pickwick disse...

Esta é a melhor parte de "fazer amor", querida Filoxera.
Um beijo!

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