25 abril 2015

Abril, sempre

Abril foi sempre um mês importante na minha vida.
Um mês de datas especiais. Os aniversários do meu pai e do meu irmão, o da liberdade, o do casamento dos meus pais. De algumas mudanças de emprego. Da morte do meu pai. Da criação do meu blogue, há 8 anos.
Quem me conhece sabe o quanto o 25 de Abril é especial, a emoção que sinto, o quanto me empenho em transmitir aos mais novos a liberdade, gémea da responsabilidade, da família da consciência.
Hoje, o meu cravo vermelho vem comigo para o hospital, tímido, dentro do peito. Só eu o vejo.
Hoje, a minha liberdade será, “apenas”, a de decidir, minuto a minuto, o que fazer. Mimar a minha mãe, enquanto ouço as memórias de outros 25 de Abril, às cavalitas do meu pai, a desfilar na avenida, a ouvir o Grândola, a ter todos os sonhos pela frente.

Ainda sonho. Hoje, o meu sonho é só um. Vocês sabem.

1 comentário:

Rogério G.V. Pereira disse...

Julgo saber
Mas que esse cravo
deixe de ser envergonhado

Mostre-o
em nome da sua própria memória

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