O pedido foi feito cedo e reiterado inúmeras vezes: "Mãe, quando é que me ensinas a jogar xadrês?".
Eu achava que cinco anos eram poucos para quem pretendia aventurar-se neste jogo, que de fantasia não tem nada e de acção ainda menos. Receava não conseguir cativá-lo e que, com isso, o seu entusiasmo pelo xadrês esmorecesse sem remédio. É que eu aprendi a jogá-lo aos sete anos e o meu preconceito não me deixava encará-lo como um desafio para um menino de cinco.
Cada adiantamento meu esbarrava num argumento dele. A insistência infantil levou a melhor. E ainda bem.
Hoje, o Vasco joga xadrês com gosto. Perde peças, aliás perde mesmo as partidas porque lhe falta ainda a capacidade tática e, por vezes, a concentração. Mas vai marcando pontos no raciocínio e não se deixa abater por nenhuma derrota, antes clama por mais um jogo.
E eu "babo-me" com o interesse demonstrado por um passatempo que me foi incutido pelo meu pai e que agora saboreio com o meu filho, num fio condutor intergeracional que espero não ficar por aqui...
Eu achava que cinco anos eram poucos para quem pretendia aventurar-se neste jogo, que de fantasia não tem nada e de acção ainda menos. Receava não conseguir cativá-lo e que, com isso, o seu entusiasmo pelo xadrês esmorecesse sem remédio. É que eu aprendi a jogá-lo aos sete anos e o meu preconceito não me deixava encará-lo como um desafio para um menino de cinco.
Cada adiantamento meu esbarrava num argumento dele. A insistência infantil levou a melhor. E ainda bem.
Hoje, o Vasco joga xadrês com gosto. Perde peças, aliás perde mesmo as partidas porque lhe falta ainda a capacidade tática e, por vezes, a concentração. Mas vai marcando pontos no raciocínio e não se deixa abater por nenhuma derrota, antes clama por mais um jogo.
E eu "babo-me" com o interesse demonstrado por um passatempo que me foi incutido pelo meu pai e que agora saboreio com o meu filho, num fio condutor intergeracional que espero não ficar por aqui...