30 junho 2010

Repouso o olhar na extensão desta areia

Deixo-me recuar no meu pensamento

Ao dia em que foste pirata, e eu sereia

Numa história de amor, entre mar e vento



Sorrio para o azul que me prende os sentidos

Na maresia sinto o cheiro do nosso momento

No ritmo das ondas, o nosso, perdidos,

Em viagem de ir e vir, como o mar e o vento



Estendo esta saudade até ao horizonte

Reinvento-nos, sedentos, num compasso lento

Faço das memórias a minha ponte

Para o tempo em que fomos mais que mar, mais que vento

28 junho 2010

Cristina Branco no CCB

No próximo dia 2 de Julho a Cristina apresentar-nos-á um novo desafio.
Será lugar no CCB e o programa da noite contará com canções de Schumann transpostas para a língua portuguesa, temas de João Paulo e Carlos Bica e músicas do Cancioneiro Popular Português (com incursões pelo fado), reunindo universos musicais distantes que se unirão em torno dos pontos comuns que a cantora lhes descobre.

24 junho 2010

O tempo pára quando contigo me deito. Faço-me tua, saboreando-te me deleito. Sigo-te os gestos. Os murmúrios. Os beijos. O ritmo que me inflama. Na soleira da nossa cama.
O tempo que pára para nós, nas vontades cegas de tanto amar. Nos corpos desejosos de se abrigar. Na urgência de fugir e de partilhar. Abrigo livre onde vens desaguar.

19 junho 2010


Saramago faleceu.
Deixou o corpo, deixou-nos a obra. A personalidade.
O carisma.

Gostava de Saramago como se gosta dos amigos. Simplesmente, gostava.
Alguém pensa: “gosto de (nome), mas………….”?

Quando amo, é por inteiro. Não amo os amigos às postas. Gosto deles nos pormenores todos.

Assim, também gostava de Saramago, independentemente de me terem agradado mais uns livros que outros.
O nosso Nobel partiu para outra dimensão. Continua.
Do outro lado, o lado não corpóreo.
Onde todos nos reuniremos.

07 junho 2010

Arde um sonho no meu peito

Que me faz ficar refém

Do que ainda não foi feito

Mas da saudade também



Arde um sonho no meu peito

Que eu quero alimentar

O sonho de ter direito

À paz que teima em não chegar



Arde um sonho no meu peito

E eu nele quero ficar

Abraçando-te naquele jeito

De quem diz, mesmo sem falar

05 junho 2010

Sonho meu


Os teus dedos percorrem-me como a um piano.

As minhas mãos pintam-te como a uma tela.

Que tocas com a impetuosidade de quem me sabe por dentro.

Que, traço a traço, se revela.

Melodia inebriante, conduz-me ao fogo que é teu.

Trago-te sempre em mim, sonho meu.

Que os nossos sussurros compõem a sinfonia

Em que os corpos se amam, dia após dia, em harmonia…

01 junho 2010

Parabéns, Mafalda!

Força da Natureza, milagre da determinação da vida, chegaste às nossas vidas faz hoje quatro anos.
E nunca mais os dias foram iguais.
O tom louro dos teus cabelos demonstra uma princesa, a tua personalidade uma rebelde encantadora. O azul dos teus olhos promete paixões que incendeias com a naturalidade de quem chegou ao mundo porque tinha mesmo de ser.
O teu sorriso charmoso promete facilitar-te as mais duras metas. Nem a tua determinação natural deixaria que fosse de outra forma...
Tudo em ti é especial. E eu adoro mimar essa pele de bebé, deleitar-me com esses saltos elegantes de bailarina, e ouvir-te falar bebês e rir de disparates que sabes, a priori, que o são. E brincar contigo às amigas que se convidam para um chá ou um almoço, e deixar-te ajudar-me a fazer o jantar, e ver-te apaixonada por cremes, perfumes, roupas; uma mulher em construção.
E confesso que até os teus amuos, as tuas “asneiras”, a tua tendência para levares tudo à frente, sem ter cuidado com nada, já são apreciados. Porque fazem parte de ti. E eu gosto de ti em todos os aspectos,

Minha
Adorada
Filha
Audaz
Linda
Decidida
Alegre.

Neste dia, como sempre, só desejo que a vida te seja justa. E que eu saiba ser sempre a mãe que mereces.

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