14 abril 2016


Tudo começou com uma batuta que ganhou vida e saltou da mão do maestro. Estávamos no penúltimo andamento do concerto.
Uma risota. Conseguiste não a apanhar em pleno voo. De outra forma, teria sido o fim do espectáculo. Um riso incontido ecoando por toda a sala. Maestro e músicos descompassados, a confusão reinante.
Sonos de não dormir, até tarde. O almoço lanchado. Gente nómada com cadela atrelada. Miúdos eléctricos de fritar cérebros.
A cozinha no centro das operações e tanto que rir, tanto que falar. Refeições inquietas, o serão vagueando por Marte. A lembrar aquele jantar, quando a criança arrota e a mãe pergunta: “O que é que se diz?”, sendo a resposta pronta: “Arrotei!”.
Filmes e mais cinema, das pipocas ao pecado da não gula.
O dia a terminar com a cadela a correr, e o dono em sentido contrário. Perdidos de riso, misturam-se polares. Serão ursos? Serão roupas? Roupas não são, certamente. E os ursos não riem assim.

(só para dizer que o humor faz sentido para quem detém o código).

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