22 abril 2012

Soneto para o meu pai





Seis anos de orfandade
Ensinaram-me a viver
Numa infinita saudade
Qu' ainda estou a aprender.


Sinto-te em cada leitura,
E na emoção que se tece,
Na memória que perdura,
Em cada dia que amanhece.


Sei-te distante no tempo,
Constante no pensamento
Emoção que me completa


Sei-te no livro publicado,
No meu poema cantado,
Nesta alma de poeta.

5 comentários:

Luis Eme disse...

muito bonito.

beijinhos Filoxera

Rogério G.V. Pereira disse...

Não comento
palavras que sente
e escreve
como quem reza

Mª João C.Martins disse...

Há presenças eternas, que são brisas em cada um dos nossos gestos e nos sorriem dentro do coração.

Beijo

Branca disse...

Ontem cheguei muito tarde de Leiria, vi este poema e preferi não comentá-lo cansada. Volto hoje para me debroçar nele letra por letra e ouvir de novo e ao mesmo tempo o teu poema cantado, que me diz da mesma saudade.
Comovi-me imenso, porque te sei numa memória tão viva, porque essa memória tem também o aroma dos cravos deste Abril e tudo junto é uma dupla comoção.
Um abraço apertadinho.

Beijos
Branca

© Piedade Araújo Sol (Pity) disse...

uma homenagem a alguém que nos deixa sempre um legado que é a vida.

escrevo muito sobre o meu pai, que se foi quando eu era muito jovem e que doí, continua sempre a doer...

um grande

beij

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