16 maio 2011

Quando sinto um mar de mim extravasar,

Quando os passos me levam para outro lugar,

Quando construir vale menos que arrasar,

Sei que é chegada a hora de acabar.



Sempre que tudo à minha volta é nada,

Sempre que a boca permanece trancada

E a poesia morre em mim, asfixiada,

Sei que a alma me ficou avariada.



E não me digas que sabes o que sinto,

Pois a verdade é mais crua do que a pinto

E a nossa história, emoção pura que esqueceste.



Foste um milagre que eu não pedi,

A mais bela sinfonia que já ouvi,

Mas desaprendi o amor que me fizeste.

9 comentários:

Chousa da Alcandra disse...

Co meu desexo de que se abran os ollos dos cegos que pensan e consideran que "construir vale menos que arrasar".
Beijos de Lingua (galega hoje, no seu día)

São disse...

se assim é, mais vale acabar de vez!

Beijinho

© Piedade Araújo Sol (Pity) disse...

em forma de soneto e ficou muito bem.

beijinho Filó

Jony River disse...

Parece-me triste....
Mas uma vez mais adorei!...

Elvira Carvalho disse...

UM pouco triste mas muito bonito. Afinal a tristeza faz parte da vida. Especialmente da vida do poeta que tem a alma nos olhos.
Um abraço

Nilson Barcelli disse...

Será que o amor se desprende...?
Em qualquer caso o teu poema é muito bom. Gostei.
Que a poesia jamais morra em ti.
Beijos, querida amiga.

Érica Ferro disse...

Poesia tristemente bonita. =)

Mª João C.Martins disse...

O amor pode ser sempre um milagre a reaprender, se quisermos.

Um beijinho e a minha gratidão.

Maria disse...

Deixo um abraço. De entendimento...
:(

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