Foi há dois anos. Na altura, senti-me mais órfã.
Agora, porém, acredito que não te perdemos, então. Acredito que o que existe tem uma razão de ser.
Se sinto saudades, é porque valeu a pena percorrer uma parte deste trilho contigo.
Olha, deixa-me confessar-te um segredo: gosto de imaginar que estás agora noutra dimensão, onde a saúde não falta, a família se reúne, mais cedo ou mais tarde e o espírito acompanha os que caminham nesta vida.
Se sinto saudades, é porque conservo as tuas histórias, contadas em voz de barítono, dos abraços tão grandes como tu, das gargalhadas. Se há coisa que marca o nosso percurso comum neste trilho, são as gargalhadas. E o facto de te ter dado uma “neta” no dia do teu aniversário. Até tem os olhos azuis, como tu.
Muita coisa aconteceu por aqui. Mas isso tu deves saber.
O que te quero dizer é que estou em paz, reconciliada com a dor. Só não dispenso a saudade.
6 comentários:
Um beijinho.
Tocaram-me muito, as tuas palavras.
Sei o que é a dor da perda. Por ela passei (e passo ainda), quando um filho meu partiu.
É bem verdade que nos podemos reconciliar com a dor, mas não conseguimos afastar a saudade. Essa permanece como companheira eterna de vida.
Por isso, ao ler este post, ela me bateu mais forte!
Beijinhos
Um abraço solidário....
sei o que isso é.
um abraço solidáro.
beij
Pasa o tempo; máis...as persoas que nos tocaron permanece sempre.
Un beijo especial
o meu abraço de carinho
beijo!
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