CAMPO LAVRADO
Fossem as minhas mãos doces arados
Sulcando o chão que é esse teu cheiro
No húmus destes beijos demorados
E serias campo lavrado por inteiro
Fossem os meus olhos ventania
Estendendo-te no solo de rajada
Num sopro toda eu estremeceria
E já serias vento, e eu nortada
Fosse a minha boca leve semente
Florescendo de manhã no teu olhar
E já o teu sémen no meu ventre
Seria promessa de vida a germinar
Letra de Sofia Barros
Música e interpretação por Rogério Charraz
2 comentários:
Do Rogério, tenho o nome
de ti
o livro
Só perdi o canto, e já é tanto
ficou bom, este teu poema tem musicalidade.
abraço Filoxera
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