Hoje, a Mafalda e o Vasco começam novas fases das suas
vidas.
A Mafalda, com seis anos, aguarda há mais de um ano pela
entrada para o 1º ano.
Autónoma, decidida, ela escolheu a escola que foi do irmão
para fazer o seu 1º ciclo.
Conhecida por professores, funcionárias e alunos, não se
importa de deixar as antigas turmas, da escola onde frequentou por 2 anos o ensino
pré-escolar, e diz, muito segura do que afirma: “eu vou encontrar novos amigos”.
Aguarda ansiosa pelo momento de decifrar as linhas dos
livros, cheias de letras que escondem histórias de imaginações mágicas. Mas
espera que haja muitas ocasiões para fazer desenhos.
Quis a sorte que a professora que vai acompanhá-la ao longo
destes 4 anos fosse precisamente a que ensinou o Vasco no seu 1º ciclo, concluído
há 3 meses.
Acho que, no final deste trimestre, já lerá historinhas
de voz doce e me deliciará com alguns bilhetes oferecidos de surpresa com um
carinho até agora apenas desenhado e polvilhado por conjuntos de letras ad hoc.
O Vasco iniciou o ensino básico ainda com 5 anos e agora vai
para o 2º ciclo com 9, embora mais alto que os colegas uns bons centímetros. A cabeça
ainda muito infantil, a responsabilidade adiada, mas o raciocínio e o cálculo bem
desenvolvidos prestaram atenção às recomendações que achei necessário
fazer-lhe, a respeito dos locais que escolhem para brincar, dos meninos mais
velhos, da necessidade de não dar confiança a quem não conhece, ainda que sejam
alunos da mesma escola…
Vai habituar-se a gerir horários diferentes, a utilizar o
cartão de aluno para pagar material escolar e refeições, vai conhecer uma
panóplia de professores e rever os amigos, alguns dos quais ficaram na mesma
turma. Curiosamente, um até voltou a ser seu colega de turma 4 anos depois!
Já vibra com a possibilidade de fazer surf no desporto
escolar e sonha em conhecer outros paíse,s inscrevendo-se no Clube de Estudos
Europeus.
Como qualquer mãe, emociono-me ao ver os meus “bebés” encetarem
novos desafios. Como algumas mães, sempre os incitei a serem autónomos, a
enfrentarem de peito aberto cada etapa da vida, a não recusarem uma
oportunidade. Como apenas poucas, eu sou uma mãe que os acompanha de perto no
seu percurso escolar, gostando de estar presente em tudo o que diz respeito à
escola e representando os encarregados de educação de cada uma das turmas dos
meus filhos.
Quero vê-los responsáveis, auto-confiantes, decididos e
independentes, na medida das suas idades. Mas que sintam, em cada momento, que
os incentivo e acompanho, que conheço os seus amigos e respectivas famílias,
que participo, dou ideias e ajudo no que posso nas respectivas escolas,
presente no meio escolar como no seio familiar.
Não sei o que serão quando crescerem. Só desejo que sejam
felizes, equilibrados, e que eu, com todos os defeitos que por vezes demonstro,
seja por eles vista como uma mãe que desempenhou bem os diversos papeis, apesar de todos os senãos que qualquer mãe tem, como os tem qualquer filho, qualquer pai. Qualquer um de nós.
4 comentários:
E é isso...
caminhos tantos de trilhos e asas. As nossas a abrigarem as deles, deslumbrados pela alegria com que voam e com que descobrem que, afinal, há sempre tanto para descobrir e criar e, não havendo lugar nenhum onde o mundo comece ou acabe, todos fazemos parte da mesma viagem, embora com histórias diferentes para ver, contar e ensinar.
Um beijinho, grande e bom recomeço para todos ;-)
É uma fase trabalhosa para as mães, mas sem dúvida, a melhor de todas...te garanto.
Beijos em Primavera declarada.
Creio que estás a ser uma boa mãe, principalmente porque lhes dás autonomia (e, com isso, a responsabilidade e também o saber enfrentar as coisas novas sem medo).
Filó, querida amiga, tem um bom resto de semana.
Beijo.
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