Revejo esse olhar malandro, menino saboreando de antemão a delícia que se anuncia.
Sinto (sinto-o sempre) o calor aveludado das mãos hábeis percorrendo o meu espírito enquanto me aquecem o corpo.
Repetidamente, adivinho-te o peito onde gostava de me aninhar, embalada pelo aroma das memórias mais inebriantes.
Uma e outra vez, a respiração e o dedilhar unem-se pelo ritmo das danças livres de roupas, ao som do riso terno e do desejo animal que tão bem conjugamos.
A urgência junta novamente peles que se complementam no hall, amparadas pela parede cúmplice de um querer inadiável. Inesquecível.
Há uma explosão de vontades, uma mística de mútuo conhecimento profundo, mais adivinhado que vivido, conducente a um estado de alma tão sublime quanto o prazer físico.
E sei-me viva porque pulsa cá dentro, hoje e sempre, a lembrança de nós…
8 comentários:
Lindíssimo! Como diz o título do teu blog: escrito a quente.
As boas vivências, as coisas belas da vida vão sempre connosco, estejemos onde estejemos e é bom quando não as negamos e as sabemos acarinhar, mesmo que sejam longínquas.
O estado de alma é sempre sublime quando o coração que acolhe a vida é doce.
Beijos para ti e um resto de bom Domingo.
Branca
a memória é um dos sinais de estarmos vivos, Filoxera. :)
beijinhos
Há memórias que eu não quero ter. Porque a dor que trazem é muito superior ao efémero momento em que fomos felizes...
Beijo.
Esqueceste de mencionar um vão de escada, menina. Um vão de escada...
olá ternura
estou recem vindo estive por terras lusas sem entrar na net...
que bom que estamos otra vez de mâos dadas lado a lado..
cantamos a vida é bonita é bonita!!
beijos querida amiga!!
Felizes dos que ainda têm memórias.
Um abraço
e que essa lembrança permaneça viva dentro de ti, pelo menos enquanto te fizer feliz
deixo-te um beijo amigo
Pele e alma de mãos dadas a protegerem o lago salino dos olhos.
Tão belo o que escreveste!!!
Um beijinho muito grande :-)
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