
30 outubro 2008

28 outubro 2008
26 outubro 2008
Parabéns, filho!
24 outubro 2008
Cinzento
Mais desemprego. Desta vez, foram 50 colegas.
Conheço a maioria. Muita gente boa, alguns amigos, pessoas com quem me preocupo.
Hoje, o dia está soalheiro, mas dentro de mim predomina o cinzento.
22 outubro 2008
Tenho um amigo grande. Muito grande mesmo. Um amigo enorme, um metro e noventa e nove de altura (dois de ponta a ponta dos dedos, de braços abertos, garante ele).
O maior abraço que eu conheço é o seu.
Chamo-lhe “o meu pai inglês”. Pai há só um, claro. Por isso, ele não é só "pai"; é o "pai inglês". Porque ele e a mulher me tratam por filha, apesar de terem, também os seus filhos naturais, que são quatro, entre os de um e os do outro.
O meu pai inglês está doente. Muito.
Eu, estou fartinha desta doença com símbolo de caranguejo.
Olho para os aviões e penso o quanto gostaria de me refugiar no seu abraço afectuoso, olhos azuis como a “neta”, vozeirão de cantor e expressão sempre radiante. Ele canta e ri como ninguém.
O nosso Sean Connery.
Quero senti-lo, rir e chorar com ele e dizer-lhe que conto com ele cá, como todos os anos, já não em Novembro mas assim que possível.
Este foi um desafio que o André me lançou. Toma um avião, dá-me, em troca, um texto. Aqui o tens, André. Espero ter-te surpreendido.
21 outubro 2008
Finalmente!
20 outubro 2008
18 outubro 2008
Era uma vez...

16 outubro 2008
14 outubro 2008
Momentos alegres
A minha disposição, nos últimos dias, não a desejo a ninguém.Sabem aquelas fases em que nada está certo? Insuportável. Quando sentimos isto, ou fazemos algo, com carácter de urgência, para melhorar, ou então temos o jogo perdido.
A ideia estava a marinar há tempos, mas já quase esturricada. Adiada, ora por este motivo ora por aquele.
“É hoje!”- pensei. E, claro, concretizei.
O apelo era forte: juntava as músicas dos Abba, que eu adoro mas tantos desdenham, a minha actriz favorita e aquele pedaço de homem com um olhar magnético (Patti, podes ficar com o Mr Darcy- eu cá é mais Pierce. Ou melhor, nem mais. Basta assim, ser tirar nem pôr, que o homem não tem nada que me desagrade.
O que a vida não me roubou –não o conseguirá- são as emoções. Tem sido bem recheada do melhor e do pior, mas conservo como a capacidade mais preciosa esta de me deixar emocionar, alegrar ou arrepiar com um filme. Como com um livro.
E vivi momentos de boa disposição que valeram muito mais do que se possa imaginar. E a felicidade são momentos.
13 outubro 2008
11 outubro 2008
Os Amigos
Despido de ternura
Fatigada;
Uns iam, outros vinham, e nenhum perguntava
Porque partia,
Porque ficava;
Era pouco o que tinha,
Pouco o que dava,
Mas também só queria
Partilhar a sede da alegria-
Por mais amarga.
09 outubro 2008
Já passou um mês...
08 outubro 2008
Reclamar? Sim, sempre que necessário.

Não só não me notificaram a dizer que o conserto estava concluído, como não respondem às minhas questões e pareço esbarrar em respostas-tipo que nunca acabam.
Eu esclareço: a 23 de Agosto deixei, na Fnac do Cascaishopping, uma câmara de vídeo para consertar. Custa-me desligar-me desta máquina, como da fotográfica, mas o certo é que o alimentador não lhe carregava a bateria e ela apenas trabalhava ligada à corrente eléctrica.
No dia 22 de Setembro, estranhando a demora, passei na loja e indaguei em que estádio estava a avaria. Apenas me reiteraram que não costumam levar mais de um mês e que, assim que o reparador os notificasse, me avisariam. Sou cliente com cartão de aderente e já vi que a coisa funciona quando, em uma ou outra encomenda, me mandaram um sms a informar que o artigo (livros) já lá se encontrava.
A 30 de Setembro liguei para o Call Center, que nem é um número gratuito, e fui informada, imaginem, que o artigo ainda se encontrava no reparador e que a situação já se arrastava há 38 dias. Como se eu não soubesse contabilizá-los…
Frisei a importância que o assunto tem para mim, até porque se aproxima o aniversário do meu filho, e ficou estabelecido que enviariam um e-mail à loja a solicitar que me contactassem com a maior brevidade.
Ontem, dia 7, liguei novamente para este Contact Center. Desta vez, a chamada foi mais demorada, o meu discurso de pleno desagrado. Mais uma vez, voltaram a contactar a loja, sendo que desta vez eu própria recebi uma cópia do e-mail enviado.
Amanhã vou lá. Com cara de poucos amigos, vou pedir o Livro de Reclamações, pois então!
Admiro-me como algumas pessoas nunca o fazem. Só este ano, já será a sexta vez que o farei.
Anteriormente, apresentei uma reclamação num Centro de Emprego, outra na Segurança Social (precedida por um sem-fim de reclamações no serviço online, que nunca parecem ter sequer sido lidas), uma nos correios e duas no Centro de Distribuição Postal da minha área de residência.
Porque o faço? Porque me parece haver cada vez maior desresponsabilização nos serviços a que temos de recorrer e porque não sou, não serei, nunca, conformista.
07 outubro 2008
A derradeira derrota
"Todos temos um sétimo selo para quebrar, um destino à nossa espera, um apocalipse no fim da linha. Por mais êxitos que somemos, por mais triunfos que alcancemos, por mais conquistas que façamos, para a última estação está-nos sempre reservada uma derrota. Se tivermos sorte e nos esforçarmos por isso, a vida pode correr bem e ser uma incrível sucessão de momentos felizes, mas no fim, faça-se o que se fizer, diga-se o que se disser, aguarda-nos sempre uma derrota, a mais final e absoulta de todas".
(in O Sétimo Selo, de José Rodrigues dos Santos)
04 outubro 2008
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03 outubro 2008
02 outubro 2008
Ânimo
01 outubro 2008
A árvore da família
Não é a árvore genealógica, mas uma árvore que nos acompanha há uns nove anos.
A primeira "dona" abandonou-a quando nos vendeu a casa. Era alta e esguia demais e ela não esteve para ter o trabalho de levá-la, até porque, agora que os filhos estavam cada um a viver na sua própria casa, ela ia mudar-se para um apartamento pequeno, num condomínio de luxo. Não era hora para levar todas as tralhas; era hora de viver sem grandes trabalheiras, despojada de "pesos" supérfluos.
A nossa mudança não foi imediata; a casa tinha muitos anos, havia que arranjar as paredes, pintá-la, fazer umas pequenas obras. Entretanto, continuávamos a viver na casinha pequenininha para a qual me mudara quando saí da casa dos meus pais. O pouco tempo que sobrava do trabalho e do desporto, consagrava-o a ir ver os meus pais, pelo que pouco acompanhava estes trabalhos, até porque ambiente de obras não me atrai, a não ser no final destas.
Assim, a árvore foi criando pó e acumulando sede. Muita sede. Não só eu não me apercebera de que ela ficara para trás, na varanda, como os pintores não estavam propriamente enternecidos a cuidar dela. Ficou absolutamente abandonada até ao dia em que passei da sala para a varanda, subindo a persiana numa das ocasionais passagens pelo futuro lar.
Ai, fiquei de coração apertadinho. Coitadinha da pobre, ali especada, sem poder pegar em si mesma e matar a sede. Foi arrebatamento instantâneo. Comecei a cuidar dela com o enlevo de quem lamenta a sorte alheia. Água e vitaminas, pó limpo e lustro notório. Ela nunca se deixou abater. Recompensou-me dos cuidados exibindo o porte altivo e elegante de quem passa pelas agruras sem mácula.
Viçosa, foi crescendo. Um dia, atingiu o tecto. Tive de cortá-la. Coloquei em água a extremidade decepada e esta revigorou, com raiz que logo conheceu a terra. Sempre sôfregas de vida, cresceram ambas. Uma deu um rebento. Anos mais tarde, flores. Lindas e com um perfume delicioso. Encantada, continuo a admirar esta proeza da Natureza, que hoje já conta com cinco pés.

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